Segundo artigo publicado no jornal Global, hoje que se celebram 90 anos do começo da batalha de La Lys, o Presidente da República teria declarado que "...evocamos a memória dosmilitares participantes no Corpo Expedicionário Português que, combateram em defesa dos valores da democracia e da liberdade norteadores dos Aliados, na sua luta contra as potências centrais...Lembrar a batalha e os militares portugueses que nela participaram é celebrar o exemplo que estes deixaram em prol da fraternidade entre os povos irmãos europeus".
Segundo o mesmo artigo e no que se refere ao envio das tropas para a guerra diz-se que: "Esta decisão teve razões políticas ligadas à necessidade de garantir para Portugal um lugar na mesa dos vencedores da guerra, de forma a assegurar a continuação do império, o qual era avidamente olhado pelas potências europeias". Ora esta verdade não foi mencionada pelo Sr. Cavaco Silva, se calhar por ser algo inconveniente, pois mesmo hoje em dia as verdadeiras razões para se participar numa guerra continuam a ser obscuros jogos envolvendo os poderes político e do capital.
Só no dia 9 de Abril de 1918 morreram 7500 soldados portugueses em combate, isto sem mencionar os feridos e mutilados para o resto da vida. Querem-nos impingir que o fizeram pela honra da nação e por ideais de liberdade, democracia e fraternidade, quando de facto são apenas marionetas nas mãos das sanguessugas da nação que já os exploravam e manipulavam enquanto civis. Pode-se também perguntar: porque não serão os seres humanos dos países ditos do Eixo nesta guerra considerados igualmente povos irmãos?
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Batalha de La Lys 2
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