It's time to wake up!

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O PREC já acabou?

Para alguns parece que não. Pelo menos é o que parece quando os vejo a cruzarem as ruas nos seus carros com megafones donde saem apelos ao descontentament do género "isto não pode continuar assim, não a isto, não aquilo", intercalados com música do Zeca Afonso. Não percebo muito bem se apenas querem mostrar que existem ou se têm como objectivo alguma consciencialização social. Se for o segundo caso, já estão um bocado anacrónicos. Já não vivemos no século XIX quando Marx escreveu as suas teorias em que existia de facto uma dicotomia de classes entre proletariado e burguesia. Agora para além do espectro social já não ser tão preto/branco havendo uma vasta gama de classe média, o espírito de solariedade de classe existente nas origens do socialism perdeu-se, dando lugar ao sentimento mais egocêntrico de "eu também quero usufruir dos benefícios da sociedade de consumo, que se lixem os outros".
Não é com propaganda de rua deste género ou com cartazes com slogans do género "aquilo NÃO, isto JÁ" que se desperta as pessoas do seu estado hipnótico das telenovelas e futebol para as fazer tomar consciência da sua situação social tanto individual como global.
Não é à toa que um certo partido que representa uma forma de estar na esquerda do passado perca intenção de voto. É preciso uma esquerda com ideiais de esquerda mas mentalidade actual!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Persépolis

Fabuloso, a não perder!!!
«PERSÉPOLIS» é a história comovente de uma menina que cresce no Irão durante a Revolução Islâmica. É através dos olhos da precoce e extrovertida Marjane, de 9 anos, que vemos a esperança de um povo ser destruída quando os fundamentalistas tomam o poder, forçando as mulheres a usar o véu e mandando para a prisão milhares de pessoas.
Inteligente e destemida, Marjane consegue fintar os “guardas sociais” e descobre o punk, os Abba e os Iron Maiden. Mas, quando o seu tio é cruelmente executado e as bombas começam a cair sobre Teerão durante a guerra Irão/Iraque, o medo diário que invade o quotidiano do Irão torna-se palpável.
À medida que vai crescendo, a ousadia de Marjane torna-se uma constante fonte de preocupação para os seus pais que temem pela sua segurança. Assim, aos 14 anos, tomam a difícil decisão de a enviar para uma escola na Áustria.Vulnerável e sozinha numa terra estranha, tem que enfrentar as típicas contrariedades dos adolescentes. Além do mais, Marjane é confundida com o fundamentalismo religioso e o extremismo, exactamente as coisas de que fugiu no seu país. Com o tempo, acaba por ser aceite e até conhece o amor, mas com o fim do liceu começa a sentir-se sozinha e cheia de saudades de casa.
Apesar de isso significar ter que pôr o véu e viver numa sociedade tirânica, Marjane decide regressar ao Irão para estar mais perto da sua família.Após um difícil período de ajustamento, entra para uma escola de artes e casa-se, embora continue a levantar a sua voz contra a hipocrisia a que assiste.
Aos 24 anos, percebe que, apesar de ser profundamente iraniana, não pode continuar a viver no Irão. É então que toma a dilacerante decisão de trocar a sua terra natal pela França, cheia de optimismo em relação ao futuro, moldada indelevelmente pelo seu passado.

NOMEAÇÃO PARA MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO - Óscares 2008
PRÉMIO DO JÚRI - Cannes 2007
PRÉMIO DO PÚBLICO - São Paulo 2007, Vancouver 2007
MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO - New York Film Critics Circle, Los Angeles Film Critics
NOMEAÇÃO PARA MELHOR FILME ESTRANGEIRO - Globos de Ouro 2008

Site oficial do filme «PERSÉPOLIS»

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Deconstructing The Myth Of AIDS (Gary Null)


Agradeço à Cassandra (autora do blog Somatos) por me ter dado a conhecer esta versão dos factos

O candidato "esquecido"

Um amigo meu, (americano de nascença mas que farto de o ser tornou-se também grego e diz que um dia ainda rasga o seu passaporte dos USA frente à respectiva embaixada) falou-me do candidato às presidenciais (que entretanto se retirou em 23 Janeiro 2008) Dennis Kucinich com Cynthia Mckinny para vice. Ao contrário dos candidatos Barack Obama (que o meu amigo classifica como sendo negro por fora e branco por dentro) e Hilary Cllinton (descrita pelo meu amigo como tentando mostrar ser 2 vezes mais dura que um homem pelo facto de ser mulher) que do lado democrata têm tido toda a cobertura dos media, Dennis Kucinich foi completamente "esquecido", talvez pelo facto de ser incómodo para muitos lobbies e poderes estabelecidos. É fácil perceber o porquê desta afirmação vendo as suas propostas:

- Creating a single-payer system of universal health care that provides full coverage for all Americans by passage of the United States National Health Insurance Act.
- The immediate, phased withdrawal of all U.S. forces from Iraq; replacing them with an international security force.
- Guaranteed quality education for all; including free pre-kindergarten and college for all who want it.
- Immediate withdrawal from the World Trade Organization (WTO) and North American Free Trade Agreement (NAFTA).
- Repealing the USA PATRIOT Act.
- Fostering a world of international cooperation.
- Abolishing the death penalty.
- Environmental renewal and clean energy.
- Preventing the privatization of social security.
- Providing full social security benefits at age 65.
- Creating a cabinet-level "Department of Peace"
- Ratifying the ABM Treaty and the Kyoto Protocol.
- Introducing reforms to bring about instant-runoff voting.
- Protecting a woman's right to choose while decreasing the number of abortions performed in the U.S.
- Ending the War on Drugs.
- Legalizing same-sex marriage.
- Creating a balance between workers and corporations.
- Ending the H-1B and L-1 visa Programs
- Restoring rural communities and family farms.
- Strengthening gun control.

Para saber mais sobre Dennis Kucinich, visita o site da sua campanha em http://www.kucinich.us/

Loosing a friend


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Diligência


Ontem foi o último dos 4 dias de ensinamentos dados pelo mestre Patrul Rinpoché sobre o capítulo 7 do Bodhicharyavatara (A via do Bodhisattva) de Shantideva.
O tema do capítulo é Diligência ("Heroic Perseverance" em inglês).
Deixo-vos alguns versos em inglês bem como alguns comentários feitos com base nos meus apontamentos:

Verso 2
Heroic perseverance means delight in virtue
Its contrary may be defined as laziness:
An inclination for unwholesome ways,
Despondency and self-contempt

Existem 3 tipos de preguiça: adiar coisas; vias impróprias; derrotismo e auto-desprezo

Verso 31
The forces that secure the good of beings
Are aspiration, firmness, joy, and moderation.
Aspiration grows through fear of suffering
And contemplation of the benefits to be attained.

Verso 40
Aspiration (motivation) is the root of every virtue,
Thus the Mighty One (Budha) has said.
And aspiration's root in turn
Is constant meditation on the fruits of action.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Peixes

Esta estória foi escrita em 2002 a meias entre o meu amigo Led (partes 1, 3 e palavra "FIM") e eu (partes 2 e 4).

Parte 1
Um quarto para as cinco. Espero lá! Eu e as cinco. Que tal chegar a hora, esse quarto. Daqui estou pendurado. Pendurado no futuro inexistente de um momento que estou a criar e que teima em não nascer. Mais um pouco, cada vez mais um pouco mas sempre sem poder saber (embora pensando que sim). Noutra ponta um raio chega. Traz consigo riscos e suposto sentido ou pelo menos significado. Inútil. Nada. Grande alguidar de plástico ou qualquer coisa parecida com isso. Semelhante e igual. De forma totalmente diferente. Uma estória com peixes. Peixes que brilham e guardam tesouros no fundo do mar. Grandes cavernas recheadas de tesouros, verdadeiras maravilhas de luz. Um dia vi um destes peixes e segui-o pelo mar adentro. Mergulhei bem fundo e fui até à sua porta. Pedi para me deixar entrar. E entrei. Mas só um pouquinho, alguns passos por lá. Lindo, maravilhoso. Depois, penso que fiz um gesto brusco, ou falei alto, assustou-se. Possivelmente nunca ninguém tinha entrado ali, assim à vontade e com gosto. Assustado empurrou-me para fora, para o coração do oceano, quase nem tive tempo de inspirar fortemente e senti-me aflito para voltar à superfície, quase tão aflito me vi para voltar a para terra. Cansaço e água por todo o lado. Pelo percurso ainda vi o peixe, preocupado com a minha inadequação ao meio e receoso que tivesse levado algo comigo. Não teve tempo de me revistar. Nada que preocupasse e só agora me lembrava disso, até teria sido boa ideia, mas..... não, nunca me teria lembrado disso, além do mais agora queria um pouco de terra e descanso, uma bela ilha com palmeiras e alguns canibais. Tenho conhecimentos nestes meios, certamente que não me deixariam mal. E não me deixaram. Simpáticos e alegres com sempre. Era bom estar em algo que se assemelhasse a casa. Foi nessa altura que passou um barco e deu-me boleia. O capitão era um velho amigo, excelente bailarino. Transportava com ele um papagaio e um dia a conversar com uma arara amiga dele descobri que ela brilhava. O mesmo brilho do peixe mas apenas no bico, até porque o corpo estava coberto de penas que transportavam o pó de muitas milhas de mar. (muitas milhas de mar) esse estranho que os peixes libertam e que cobre a superfície dos outros seres. É raro que se fixem na pele dos homens. Conheci apenas alguns contaminados. Que sorte, valem ouro e mais que isso.

Parte 2
Não os conheci mesmo na intimidade. Na realidade só os vi de vez em quando no mercado, sempre entre a banca do vendedor de peixe e a do chá. Chegavam sempre quando faltavam um quarto para as cinco e eram despidos de forma a que se visse a sua pele brilhante. Ficavam apenas com um número numa tabuleta pendurada ao pescoço de modo a serem identificados durante o leilão. Pelas cinco chegavam todos os gentleman. Vinham para tomar chá mas, não resistiam a licitar um ou dois contaminados. Era um espectáculo interessante. As mulheres que vinham comprar peixe olhavam fascinadas, sabendo que nunca poderiam participar. Os preços subiam em flecha. Alguns empenhavam todos os seus bens para poder comprar um homem de pele brilhante. Mas valia a pena, quando no fim o levavam atrás de si, mesmo que já não tivessem casa para onde ir. E era assim que se passava na feira de Habbid, sempre
a um quarto para as cinco. Recordava os tempos em que era menino e a minha mãe me
levava à feira quando ia comprar o peixe. Na longa viagem de volta à aldeia sonhava um dia poder também comprar um homem de pele brilhante. Sonhos de criança. Sonhos que partilhava com os meus companheiros de brincadeira que, apesar de ouvirem sempre o mesmo relato, não se cansavam de se sentarem à minha volta e serem embalados pela estória tão extraordinária que parecia fantasia. Um dia, mais velho, peguei na minha trouxa e decidi partir em busca da ilha dos homens brilhantes, de mares nunca dantes navegados e de aventuras nunca dantes vividas. Foi nessa altura que conheci o capitão e o seu navio, a bordo do qual fui marujo.

Parte 3
Foi provavelmente o período mais intenso da minha vida. Algo estranho tentar manter vivo em mim tudo o que era ali num deserto de água e relações. Não mais vi a minha família e amigos. Mas mais, sabia que estavam irremediavelmente para trás. Era muito difícil mantê-los vivos em mim de forma a manter-me a mim mesmo definido. A coisa que mais gostava era ficar à proa sentado sentindo o mar. Observa-lo mutante, ora irado ora letárgico, incapaz de diferenciar uma onda de outra e uma onda do mar, percebe-lo em partes e como um todo. E depois por entre a transparência do mar ver os peixes que brilhavam, ver essa estranhas atracções para a água. Não me recordo quantas vezes hesitei e pus-me de pé olhando a água pronto para saltar. Nunca me consigo lembrar mesmo de alguma vez ter tido uma boa razão para não saltar. Talvez nunca tenha visto um daqueles brilhos irresistíveis, e diz-se que quando se vê um salta-se mesmo. Um dia vi isso. Um colega meu observava o mar. Descontraído. Vi-o na distância a subir calmamente a borda e saltar. Assim com esta naturalidade. Sem mais nada. Realmente estranho e fascinante. Mais do que o peixe que nos atrairia acho que era o momento e esse gesto automático de certeza e livre vontade do salto que me fascinava. Fiz bastantes viagens. Mais do que qualquer outro que conheci sem nunca ter saltado e sempre á proa do barco. E sempre em busca dessa ilha encantada dos homens brilhantes. Diziam que as suas palavras eram doces e penetrantes, que estar simplesmente com eles era um prazer. Eram o próprio mar a ser pessoa. Ao longo destas viagens comecei eu a ficar brilhante. Antes era apenas um pequeno brilho interior suave e observar o brilho de tudo o que me rodeava: as pessoas e os objectos. Mais tarde tornou-se mesmo obvio e presente o meu brilho......

Parte 4
E com esse brilho fez-se luz. Uma luz interior que iluminava o meu espírito e me fazia compreender tudo, abarcar tudo. Agora sim, finalmente percebia como tudo se relacionava, como tudo estava interligado. Saltei!...Desta vez nem sequer pensei em fazê-lo, pura e simplesmente aconteceu. Tinha descoberto o segredo dos homens brilhantes. Olhei à minha volta... não estava no mar...tinha-me tornado no mar...eu era o mar!!!! Senti o barco atravessar-me. Afastei-me para o deixar passar e voltei a fechar-me atrás de si, sempre a abraçá-lo, sempre a acompanhá-lo onde quer que fosse. Olhei para as estrelas...eu era as estrelas brilhando lá longe nos confins do universo...eu era o universo!!! Retornei à minha forma de homem e acostei a uma ilha.
Pus o pé na praia. O brilho do meu corpo reflectia-se na areia dourada. Lá estavam eles, os outros homens brilhantes. Dirigi-me a eles sem dizer palavra. Não era preciso. Comunicávamos sem falar, víamos sem olhar, sabíamos sem ser preciso aprender. Reconheci um que estava mesmo à minha frente. Era o peixe que outraora tinha seguido até ao fundo do mar.

FIM

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O papel também vem das árvores mas não é uma fruta!


Ainda agora quando fui à casa de banho acabei de assistir a uma cena não pouco incomum de alguém após lavar as mãos retirar 5 ou 6 toalhas de papel de seguida para as secar. Obviamente que grande parte delas foi para o caixote do lixo sem terem absorvido uma única gota de água. Porque é que o fulano não tirou uma toalha de cada vez e a usou o máximo possível para enxugar água das suas mãos antes de usar a próxima (já não falo em sacudir as mãos e deixá-las secar ao ar livre como eu faço e que até demora pouco tempo)? Se calhar se tivesse de arrotar uns cobres por cada toalha até tinha sido mais cauteloso e evitado desperdiçar. O problema de muita gente é que só pensa em euros, dólares, libras, yens, etc. Só acham que têm algo a perder quando lhes vão à carteira, mas não conseguem ver que também perdem quando o ambiente é lesado em função das suas atitudes de desperdício.
Quem falha de toalhas de papel, diz também guardanapos de papel nos restaurantes que muita gente que pouco ou nada os usa poderia guardar para reaproveitar futuramente mas não o faz. Ou falando num caso mais flagrante e grave temos a realidade dos nossos escritórios, onde apesar das empresas agora recorrerem mais a papel reciclado, os seus utilisadores imprimem coisas inutilmente e em folhas em branco, quando poderiam usar folhas já usadas de um lado para escrever ou imprimir no outro em vez de as deitarem fora. E para cúmulo dos cúmulos, muitos parecem ter as nádegas feitas de chumbo, tal a dificuldade em as descolarem das cadeiras para uma deslocação de alguns metros até ao posto de reciclagem no corredor, preferindo deitar o papel para o cesto do lixo. Talvez estejam a treinar intensivamente o encestanço para ver se ingressam na liga profissional de basquetebol NBA.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A ponta do Iceberg

Um Iceberg é como os esquemas obscuros de interesses da política de um governo; os casos de corrupção na justiça, desporto, empresas, instituições financeiras; os escândalos de pedófilia e abuso de menores; as cenas de violência doméstica; o abuso, exploração e tráfico de pessoas; o controlo dos cidadãos por parte do estado; a violência policial; o manipular dos governos e instituições por parte das grandes multinacionais; etc: só uma pequena ponta é que emerge à tona!

Vai um bife tenrinho?


Desculpem lá se me esqueci das batatas fritas, do ovo-estrelado e da salada de alface e tomate como acompanhamentos!

Darth Dissius

AVISO: Esta mensagem contém conteúdo que pode ser considerado chocante pelos seus leitores!
Era uma vez um rapaz que não gostava de si mesmo, sentia-se inferior aos outros, posto de lado e por vezes humilhado por eles.
Um dia, farto de acumular tudo isso, sentiu toda a sua revolta a vir ao de cima e espancou um colega de escola que o estava a humilhar. Esse dia foi uma reviravolta na sua vida. Descobriu todo o potencial da sua raiva e de como canalizar as suas frustrações através do ódio e da violência. A partir daí, apesar de não ter ganho confiança em si mesmo e ainda se sentir inseguro, deixou de se odiar e passou a odiar o mundo à sua volta, culpabilizando-o por todas as suas emoções e sensações amargas. Sempre que alguém o rejeitasse, em vez de se sentir amargurado com o facto, odiaria profundamente essa pessoa. A descoberta da música mais extrema ajudou-o a canalizar as sua emoções e a sua agressividade.
Porém, apesar desta nova atitude o fazer sentir melhor que a anterior não lhe trazia verdadeiramente felicidade. Um dia porém, já adulto, descobriu uma filosofia de vida já muito antiga com mais de 2500 anos, mas no entanto completamente nova para si e que lhe permitiu ter um prisma diferente das suas emoções. A razão de se sentir mal não eram os outros, mas a forma como ele interpretava as suas percepções. Por mais que tentasse nunca conseguiria completamente mudar o mundo à sua volta. Era preciso algo mais simples e mais radical: mudar-se-ia a si próprio. Os pensamentos, palavras e acções dos outros só têm a importância que cada um lhes dá. Apesar de por vezes ainda lhe surgirem pensamentos de raiva e agressividade para com situações que o fazem sentir mal, estas ocorrem cada vez menos e em menor intensidade graças à sua busca no auto-conhecimento e compreensão dos outros. E pouco a pouco o Darth Dissius voltará a ser o Dissi Skywalker...

Pagar para ter dinheiro?


Fui avisado que andaria por aí uma conspiração para enriquecer ainda mais os bancos à custa do Zé. A solução é simples e maquiavélica: cobrar uma taxazinha na "módica" quantia de €1.50 de cada vez que alguém levanta dinheiro numa caixa multibanco. Como muitas pessoas têm este hábito já muito enraizado e preferirão se calhar sujeitar-se a largar a taxa em vez de irem para as intermináveis filas dos balcões bancários, os bancos ganham umas massas, mesmo que a qualidade de atendimento possa diminuir com um maior afluxo de pessoas às agências.
Quem quiser fazer algo para tentar contrariar isto, assine a petição em http://www.petitiononline.com/bancatms/ já com quase 200000 participações.

Não fiques calado, demonstra o teu desagrado!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Tou gordo!


É verdade, é o que toda a gente me diz, e hoje a balança confirmou-o. Fui hoje ao exame periódico de saúde da minha empresa e fui confrontado com a dura realidade que tenho mais cerca de 20Kg que há 2 anos (fonix!). Bem, de onde é que vem este aumento de massa todo? Tendo em conta que tenho uma dieta vegan e que como poucos fritos, só pode ser dos farináceos. Admito e confesso que o pãozinho encharcado com azeite é um dos meus fracos, mas o problema não são os litros de azeite, são antes os muitos pedacinhos de pão. Tenho de reduzir isto. Outro problema é que desde que comecei a dedicar-me com mais afinco ao estudo da bateria e à banda deixei de ter tempo para nadar. Apesar de tocar bateria gastar algumas calorias não se equipara a 1,5Km semanais de natação. Vou tentar outras soluções complementares que me permitam gastar calorias e ao mesmo tempo descansar a vista, como por exemplo de vez em quando sair do meu local de trabalho frente ao computador e subir e descer umas escadas. Vamos ver se resulta!...

Já passaram 4 meses???

Pois é, o tempo passa depressa e já faz hoje 4 meses desde que celebrei o meu último aniversário. Enquanto algumas pessoas afirmam suspirando "mais um dia!..." por cada um que começa, eu acho que é "menos um dia" por cada um que passa, menos um dia desta vida que temos para gozar e que nunca sabemos quando terminará...pode ser hoje!
Por falar em gozar o dia, o do meu aniversário foi bem fixe. Comecei por ir à festa de celebração de meio século de uma amiga que só fazia anos 3 dias depois mas que aproveitou o fim-de-semana para festejar. Depois fui passear pela Serra de Sintra com uns amigos, passámos a meia-noite no Cabo da Roca e ainda tentámos uma descida com ajuda de lanternas para a praia da Ursa, mas desistimos e fomos passar o resto da noite deitádos na praia do Guincho sob um céu magnificamente estrelado, adormecendo ao som da rebentação das ondas. Tenho que repetir a dose um dia destes! Talvez mais perto da Primavera para não haver tantos queixumes por causa do frio. Quem alinha comigo? Basta trazer um bom saco-cama e prazer em estar na natureza.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Quem é o deputado que te representa?

A esmagadora maioria dos portugueses, para não dizer a totalidade, não sabe responder a esta pergunta. Talvez pelo simples facto de que ela não tem uma resposta clara e inequívoca. Mesmo os cidadãos recenseados que no dia das últimas eleições legislativas se deslocaram às urnas e não votaram em braco ou anularam o voto, escolheram um partido político, não uma pessoa que os representasse na Assembleia da República. Cada partido consoante a percentagem de votos conseguida elege um certo número de deputados para o parlamento. É aqui que começa o grande busílis. Exibindo uma forma de estar que se poderia designar de "carneirada partidária", os deputados não votam segundo a sua consciência ou os seus princípios, mas de acordo com uma disciplina partidária quase sempre imposta. Deste modo está-se a alimentar uma data de parasitas inúteis, quando bastava ter um deputado por partido em que o peso do seu voto seria proporcional à votação obtida pelo respectivo partido nas eleições. Seriam assim 6 deputados em vez de 230.
É preciso um sistema que aproxime mais os cidadãos dos parlamentares. O sistema uninominal usado em alguns países também não é de todo justo pois um partido com mais votos a nível nacional pode eleger menos representantes. Um exemplo disto é o do Sr Bush que tendo tido menos votos a nível nacional do que o seu oponente Sr Al Gore, ganhou em mais estados (recorrendo a batota em alguns deles) e deste modo tornou-se presidente.
Julgo que o mais equilibrado seria um sistema misto em que se poderia votar num partido a nível nacional e numa pessoa que representaria uma determinada região. Uma hipótese seria por exemplo (mantendo o número de deputados em 230) criar entre 100 e 130 regiões que elegessem cada uma o seu representante. Os lugares dos restantes deputados seriam distribuidos segundo a percentagem de votação em cada partido (considerando já os deputados de cada partido eleitos por região). Este sistema teria as seguintes vantagens:
-Permitiria que fossem eleitos mais independentes, não estando sujeitos a estar incluidos como agora nas listas partidárias.
-Haveria mais liberdade de voto na assembleia pois um deputado eleito por uma região (quer fosse independente ou filiado num partido) votaria mais de acordo com as linhas de orientação que tinha prometido aos seus eleitores do que com directivas partidárias.
-Os eleitores teriam uma possibilidade de escolha de voto mais ampla, podendo votar num certo partido a nível nacional, mas escolher um representante para a região de outro partido ou independente.
-Os deputados de cada região teriam de "responder" aos seus eleitores de acordo com o seu sentido de voto na assembleia. Para o sistema ser mais democrático, bastava haver uma petição (inclusivamente online) de uma certa percentagem de cidadãos recenseados numa região para convocar novas eleições para o lugar de deputado dessa região.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Uma vida vale mais

Hoje tinha eu começado o meu passeio à beira-mar, quando passo por uns pescadores. Reparo que um deles mexe numas coisas perto das quais se encontra um balde. Espreito por acaso para dentro deste e reparo que lá dentro se encontra um peixe deitado de lado e meio dobrado visto o seu corpo ser maior que o balde. Aflito por estar restringido a um espaço tão exíguo, este debate-se. Vendo que ele estava ainda vivo fico com vontade de fazer algo por ele e pôr termino à sua aflição e morte quase certa que se avizinhava para breve.
Aproveitando o facto do dono do balde se afastar, pego neste e levando-o até junto do mar devolvo o peixe ao seu meio natural, salvando-lhe a vida.
A operação teria sido coroada com total sucesso, não fosse outra pessoa que tem como passatempo assassinar peixes (vulgarmente conhecido como pescador) ter vindo junto de mim todo irritado protestando contra o facto de eu ter libertado o peixe, ao que eu retorqui que ele não tinha nada de matar peixes.
A possibilidade de possuir outro ser humano como no caso da escravatura já acabou, e chegará o tempo em que será universalmente aceite que todos os seres serão donos de si mesmos e não propriedade de outro. Não estudei direito mas que eu saiba a lei portuguesa não concede a propriedade sobre um ser livre a quem o capturar. E mesmo que assim o fosse, segundo o princípio pelo qual me rejo, a lei natural que diz que a vida de cada um é pertença apenas de si mesmo tem mais valor e deve prevalecer!
Mesmo que infelizmente tenha havido uma altercação com outra pessoa por causa da minha acção, por mais que ela tenha ficado irritada, a vida de um ser foi salva, por isso considero o balanço positivo.

Colecção de olhos



O título pode parecer bizarro, mas já há muito que andava com a pica fantasiosa para fazer isto, pois acho os olhos das pessoas fascinantes com todas as suas cores e pormenores. Hoje depois de finalmente ter lido o manual da máquina fotográfica digital que me foi oferecida no meu aniversário (já lá vão quase 4 meses) comecei a minha colecção. Partilho os primeiros exemplares com vocês: da Dani e meu. Espero que gostem!

À 4ª é de vez!!!

Finalmente! Já podemos cantar alegremente e sem necessariamente estarmos ébrios: "Era uma vez os três, os famosos moscãoteiros, e o pequeno Dartação..." Para quem não se lembra desta série de desenhos animados inspirada no Dartagnan e três moqueteiros, em que os personagens eram cães, não faz mal! O ponto fulcral disto é que agora já somos 4: um front-man vocalista e os instrumentistas (guitarra, baixo e bateria). Desculpem lá esta tirada, mas estou eufórico!
Após termos experimentado um baixista que não nos agradou muito, termos contratado um outro que se manteve apenas durante um ensaio porque o estágio dele em Portugal não foi renovado e teve de voltar para a Galiza, e um terceiro que não se identificou com o nosso género de som, experimentámos o 4º que respondeu à pergunta sobre se gostava de integrar a banda com um explícito "Adorava!"
Tendo em conta que faz agora um ano que comecei à procura de pessoal para tocar e que após experimentar com várias pessoas sem resultado, tinha deixado a hipótese de ter banda de molho dedicando-me ao estudo da bateria numa escola de jazz, aconteceu há cerca de 3 meses uma estranha coincidência algo inesperada. Tendo comprado a revista do Blitz por causa de um artigo sobre os Metallica (algo que não foi fácil pois já estava quase esgotada em todo o lado e só consegui comprar no 5º quiosque onde fui) decidi ir ao site da revista. Lá vejo um anúncio colocado algumas horas antes de um vocalista à procura de pessoal. Como tinha um mail com o nome de uma banda antiga onde toquei resolvi ceder à curiosidade e telefonar. Era nem mais nem menos que o antigo vocalista dessa banda. Em pouco tempo arranjámos guitarrista e finalmente agora um baixista. Acabou a odisseia! Agora é trabalhar as 5 músicas que temos mais o esboço de 2, arranjar mais algumas, gravar e colocar na net para divulgar e...(aquilo porque todos nós ansiamos) TOCAR AO VIVO!
Quero aqui agradecer profundamente à Cris C pela sugestão que me deu há cerca de um ano para colocar um anúncio num certo local que eu desconhecia e que permitiu arranjar o baixista que ficou só um ensaio e este agora.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Feios, PORCOS e maus

Não falha o dia em que na rampa da estação, a caminho de apanhar o combóio, vejo montes de jornais gratuitos espalhados pelo chão, apenas alguns metros à frente do ponto onde são distribuidos. A cena repete-se na proximidade de alguém que esteja alguém a dar panfletos a quem passa. Algumas pessoas ainda se dão ao trabalho de deitar no lixo vulgar, apesar de hoje em dia existirem várias campanhas que se fazem em prol da separação do lixo em diferentes recipientes para reciclagem. Mesmo assim é um mal menor. Parte das pessoas prefere deitar para o chão tudo o que não lhe interessa e do qual se quer desfazer o mais depressa possível, como se o simples contacto com algo indesejado pudesse transmitir a lepra, ou se o peso de levar algo que já não se quer na mão, carteira, saco, etc, pudesse trazer graves problemas de artitre às articulações dos braços e ombros.
Como se não bastasse alguns dos nossos compatriotas quando levam os seus cãezinhos à rua a passear deixam as poias feitas por eles no meio dos passeios e afasta-se da cena do crime como se estivessem completamente inocentes e sem nada a ver com o assunto.
É um cancro com metástases por todo o lado: nas ruas, jardins, praias, em todo o lado se encontram plásticos, embalagens, garrafas, latas, papéis, restos de comida, etc...
Das duas uma:ou somos uma nação com grande percentagem de javardos, ou nos países geralmente designados de mais civilizados, a quantidade e eficiência dos varredores de rua é bem superior à dos nossos.
Para que os maus hábitos herdados não se transmitam às futuras gerações é imperioso e necessário Educação Cívica e Ambientalista nas escolas!

Lei do Tabaco

Muita celeuma tem provocado a Lei do Tabaco que entrou em vigor no princípio do ano. Para além da tentativa dos Casinos de lhe dar a volta alegando a Lei do Jogo, circulou ainda a notícia de uma petição para permitir fumar em discotecas. É só interesses económicos! Tem também havido umas vozes que se levantam contra a lei acusando-a de extremista e fundamentalista. Curiosamente existe a coincidência dos autores destas declarações serem fumadores. Pois... Cá por mim acharia a lei extremista ou fundamentalista se proibisse as pessoas de fumarem ao ar livre ou em suas próprias casas, o que manifestamente não é o caso. Pelo contrário, acho que esta lei faz respeitar o direito fundamental de quem não quer ter de respirar ar poluído com elementos nocivos e inclusivamente cancerígenos poder fazê-lo. Uma pessoa que conheço fez a observação de que apesar de fumadora nunca fumava a em espeços fechados ou ao pé de outras pessoas e que considerava a lei excessiva. Bem, se todos os fumadores tivessem uma consciência cívica como ela, então não seria precisa a lei. Aliás, se todos fossemos menos egocêntricos e mais altruistas, não seria preciso nenhuma lei, pois não existiriam conflitos de interesses para regular. Infelizmente não é o caso, e até esta lei aparecer os não-fumadores estavam sujeitos a ter de levar com as consequências do vício dos outros.
Parece que alguns não satisfeitos com a sua perca de liberdade de foder a saúde e bem-estar dos outros querem alterar esta lei, levando o assunto à Assembleia da República. Todos aqueles entre vós que não querem dar um passo atrás, sugiro que assinem a seguinte petição:
http://www.petitiononline.com/semfumo/
Podem também ver o site da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo:
http://www.coppt.pt/

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Ser tuga

Enquanto alguns estão de trombas por causa da derrota por 3-1 ontem com a Itália, a mim não me aquece nem arrefece, pois os resultados desportivos não têm influência no meu grau de felicidade! Porque é que uma mão cheia de gajos em calções a correr atrás de uma bola e aos pontapés nela havia de me fazer mais ou menos feliz? Alguns podem dizer que o número de vezes que essa bola entra na baliza adversária contribui para o orgulho nacional. Desculpem lá, mas para impingir chauvinismo vieram bater à porta errada. Não sou daqueles que penduram bandeiras nacionais na janela lá de casa, aliás às vezes até tenho vergonha da cultura e costumes deste povo. Desde a falta de civismo que testemunho todos os dias nos transportes públicos quando o pessoal na sua ânsia egoística de querer entrar na carruagem do metro mal deixa os que estão lá dentro sairem ao fazerem um funil humano junto à porta, até à tortura de touros na arena designada por alguns de cultura, muito há para me fazer sentir assim.

Por isso, enquanto alguns cantam o hino nacional de peito cheio e cabeça levantada eu olho para a letra deste com pasmo, pensando que devem estar a gozar comigo. Começando com o "às armas, às armas" que por mim podem enfiar pelo anús acima pois sou assumidamente anti-militarista e pacifista, vem em seguida a pérola "contra os canhões, marchar, marchar". Contra os canhões? Para quê? Para ficar a jazer na lama com as entranhas de fora a esvair-me em sangue ou ficar com o corpinho cheio de estilhaços a ponto de terem de me amputar alguma parte? Estão a falar com a pessoa errada! Os políticos que as fazem, generais que as comandam e empresários que lucram com as guerras, que marchem esses contra os canhões! Ainda não percebi o que esta "pátria" fez por mim a ponto de merecer que me sacrifique dessa maneira por ela!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Partido Liberal Democrata

Há uns dias vi na TV uma entrevista com o Sr Luís Filipe Menezes, líder do PSD - maior partido da oposição e (temo-o profundamente) com algumas hipóteses de vir a ser o mais votado nas próximas eleições legislativas se o governo do Sr Sócrates continuar a reger-se pela mesma bitola de até agora.
Entre outras coisas o Sr Menezes falou que era preciso aliviar o "peso do Estado". Mas que vem a ser isto? Não sou de compreensão lenta, mas mesmo assim preciso que me expliquem porque é que a salvação para uma empresa pública deficitária é vendê-la aos privados, como se tem feito a torto e a direito em Portugal desde as maiorias absolutas do Sr que nunca se enganava e raramente tinha dúvidas (Cavaco Silva para os que não sabem). O objectivo primordial de uma empresa privada não é servir os cidadãos, é fazer o máximo de lucro possível enquanto vende um serviço aos cidadãos. É algo bem diferente! Se uma empresa pública é ineficiente então que seja reformulada. Pelo menos tem a vantagem em relação às privadas de não precisar de alimentar os bolsos dos accionistas com lucros, basta-lhe equilibrar os gastos com os rendimentos. Só que a pressão dos tubarões das finanças é grande e o Estado precisa de dinheiro para reduzir o déficit, logo toca a privatizar!
Outra das afirmações chave do Sr Menezes foi que era preciso reformular as leis laborais para que os empresários não tivessem medo de investir, pois essa seria a única forma de gerar mais emprego. Por outras palavras, aumenta-se a precaridade do trabalho retirando direitos e garantias e tornando o despedimento mais fácil para que o compromisso em contratar alguém seja menor, logo estimulando o emprego. Ou seja, nesta economia liberal global, em vez de pressionar os países onde a mão de obra é altamente explorada e sem condições tal como na Índia e na China ainda comunista mas com uma economia de mercado (O Mao deve estar a dar voltas no túmulo), através do boicote dos seus productos, reduz-se as condições dos trabalhadores dos restantes países para poder competir com os primeiros. Será que neste século XXI iremos regredir para as condições laborais da revolução industrial do século XIX? Parece ser esse o objectivo do Sr Menezes!
Partido Social Democrata? Não vejo o que tem de social! Eu chamar-lhe-ia antes Partido Liberal Democrata!...

Éfrutóóóxoclate!

A recordação com mais de 30 anos dos vendedores de gelados na praia com o seu famoso pregão ainda perdura nas minhas memórias. Na altura a diversidade de escolha não era tanta como a de agora, sempre com novos sabores, formatos e nomes a serem inventados. Mas aquilo que na altura eram os meus favoritos (Corneto de Morango e o Perna de Pau) ainda permanecem como ícones inabaláveis, imunes à passagem do tempo.
Diga-se de passagem que há 14 anos me tornei vegan e por isso deixei de comer gelados com lacticínios. Deixei igualmente entretanto de ter pachorra para "fazer praia" - expressão entendida pela maioria das pessoas como uma combinação de "trabalhar para o bronze" com uns banhos de mar. Quanto ao bronze prefiro a minha pele com a sua côr natural e odeio seguir modas. Quanto ao ir ao mar dar umas braçadas, as dezenas de quilómetros feitos na piscina olímpica do Jamor já chegam para me sentir realizado.
A praia não deixa no entanto para mim de ter a sua magia, especialmente quando a probabilidade de me cruzar com alguém é mínimo (durante o Inverno ou à noite durante a época balnear). Adoro passear ao longo da rebentação das ondas, por vezes tendo de fugir um pouco para o lado para não molhar os pés, mas isso faz parte do charme da coisa.
Relativamente aos gelados, ficou a memória das agradáveis experiências de infância.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Quem brinca com o nuclear acaba por se "queimar"

É Natal, é Natal...

O dia 25 de Dezembro de 2007 já lá vai, mas isso não quer dizer que o espírito que deveria verdadeiramente caracterizar essa época do ano tenha de ficar guardado na gaveta até ao 25 de Dezembro deste ano.

Os melhores presentes que se podem dar a alguém são amor e compaixão!
Para além de serem absolutamente gratuitos têm a vantagem de poderem ser dados em qualquer dia do ano durante toda a vossa vida.

O mote está dado: reproduzamo-nos!

Nos finais do ano passado, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva partilhava com todos nós as suas angústias sobre o tópico "Porque nascem tão poucos bébés em Portugal? O que é preciso fazer?".
Realmente é um assunto pertinente! Com a taxa de filhos por casal abaixo de dois-vírgula-não-sei-quantos não é possível regenerar a população. É o funcionamento da Segurança Social que está em causa, e daqui a uns anos as nossas reformas. Urge tomar medidas! Pois bem, eu tenho uma solução bem simples: seguindo o exemplo de estrelas como a Madonna ou o casal Brad Pitt / Angelina Jolie que adoptam crianças de África, poderíamos também começar a importar crianças orfãs de países do terceiro mundo e torná-las cidadãs portuguesas de pleno direito. Para além de resolver o problema de envelhecimento da população nacional, também teria as vantagens de não contribuir ainda mais para a sobrelotação desta ilha cósmica chamada Terra por parte da população humana, e de garantir amor e carinho para muitas crianças carentes. Só que isso poderia (pelo menos para alguns) ser a causa de um outro problema: a pureza (???) genética da estirpe lusitana poderia ser posta em causa com esta "ameaça" vinda do exterior. Que fazer então? Seriam necessárias outras medidas como voltar a proibir a Interrupção Voluntária da Gravidez, atribuir mais subsídios de natalidade e aumentar as licenças de maternidade. E se isso não fosse suficiente sempre se poderia proibir a venda e uso de pílulas e preservativos (a Igreja Católica iria apoiar incondicionalmente). A tentação da libido faria o resto...

O Regicídio

Fez agora 100 anos do assassinato do rei D. Carlos e do príncipe herdeiro D. Luís Filipe. Uns dizem que foi fulcral para que o regime republicano fosse implantado em 1910, outros dizem que não teve nenhuma influência. De qualquer forma foi um assassinato, algo com que não posso concordar, por mais defensor da república versus monarquia que eu seja. Enquanto numa república se pode escolher alguém para representante da nação (embora por vezes essa escolha não seja feita segundo critérios como a personalidade e perfil político dos candidatos, mas como forma de demonstrar desagrado ou apoio ao governo), numa monarquia essa figura é imposta aos cidadãos. Numa monarquia, a pessoa que ocupa o trono não é resultante duma vontade popular, mas da primeira queca entre os monarcas anteriores que juntou um cromossoma Y com um X. Tanto podemos ter a sorte de nos calhar alguém ilustre, inteligente e muitas outras qualidades, como um panhonha ou choné qualquer (não vou dizer aqui em qual das categorias incluo o actual pretendente ao trono D. Duarte de Bragança, mas posso adiantar que estou deveras inclinado para uma delas). É como jogar roleta russa com metade do tambor do revólver preenchido com balas. Para mim, não obrigado! Os meus pêsames sinceros aos familiares de D. Carlos! Viva a República!

Dalai Lama: "Eu sou um Monge Marxista"

Numa reunião no Indian Institute of Management, Ahmedabad (IIM-A), ele disse: "Eu sou um Monge Marxista, um Marxista Budista. Eu pertenço ao campo Marxista porque, ao contrário do capitalismo, o Marxismo é mais ético. O Marxismo, como ideologia, toma conta do bem-estar dos seus trabalhadores e acredita na distribuição da riqueza entre as pessoas desse país."
Numa palestra que proferiu, sobre "Ética e Negócios", o líder tibetano no exílio disse que a economia global criou enormes diferenças económicas em cada país do mundo. "Na ausência de uma relação ética com o dinheiro, toda a comunidade sofre de um sentimento de insegurança. A exploração dos trabalhadores atinge o limite máximo nos países em desenvolvimento. Existem graus muito elevados de exploração na India e na China, semelhantes à exploração durante a industrialização dos países ocidentais, há um século atrás", disse ele.
A ética, disse o Dalai Lama, pode ser categorizada como teista, não-teista, e secular, e não precisa de ser baseada na fé religiosa.
"Em todos esses três casos, a definição de ética permanece a mesma. Tanto as religiões teistas, como as não-teistas, advogam o amor, o perdão, a tolerância e a compaixão. A ética secular, por outro lado, baseia-se na compreensão dessas mesmas ideias, na base do senso comum e da experiência individual.

"A confiança e a abertura deveriam ser o fundamento da ética dos negócios. Até mesmo de acordo com a moderna pesquisa cientifica, a "bondade do coração" é importante para a felicidade, bem-estar e saúde de uma pessoa. Consequentemente, ela é uma base sólida para uma sociedade feliz", disse o Dalai Lama.

Agradeço à Maria Esmeralda por me ter enviado esta mensagem!

Belenenses 1-Sporting 0

Ontem fui jantar com a Dani ao restaurante nepalês lá de Algés. Além da boa comida (inclusivamente veg) têm também uma TV geralmente sintonizada na SporTV. Poderia ter ignorado completamente o ecrân e concentrado-me na refeição, mas estava a dar um jogo do meu querido Belenenses. Alto e pára o baile! Aí o caso muda de figura. Ainda por cima quando cheguei ao restaurante o Belenenses estava a ganhar. Tornava-se imperioso desviar de vez em quando o olhar do prato para o ecrân para garantir que o Sporting não tinha o descaramento audacioso de marcar um golo. E pronto, resultou! Deviam-me pagar um ordenado igual ao dos jogadores! Despedia-me já da PT!
A minha primeira reacção aquando do apito final foi gritar mentalmente a plenos pulmões "YESSSS!!!!!". Mas depois deixei de lado o meu egocentrismo egoista e comecei numa abordagem mais altruista a equacionar o racio de adeptos do Belenenses versus adeptos do Sporting. Pois, segundo esse ponto de vista deveria haver mais pessoas a passar por uma depressão durante o resto da semana devido ao resultado do que aquelas com acesso de euforia (que ainda por cima passa depressa). Só que depois lembrei-me de todos os adeptos do Porto, do Benfica e do Guimarães (que ultrapassou o Sporting na classificação subindo ao 3º lugar) que se deveriam sentir igualmente felizes com este resultado. Sendo assim a maioria fica do outro lado e já posso saborear a vitória com consciência tranquila (tendo obviamente compaixão pelos Sportinguistas).

Beijinho de boa noite...tem muitos pesadelos

Vi hoje a notícia em vários jornais de distribuição gratuita: "Portugal estava na mira dos terroristas". "Terrorismo", essa palavra que nos causa arrepios na espinha. "Eles" já cá chegaram! Nem no nosso quase-rectângulo à beira-mar plantado nos deixam sossegados. A partir de agora já não podemos andar descansados por aí sem ter medo de levar um tiro ao virar da esquina, ou que uma bomba nos rebente debaixo do nariz enquanto vamos nos transportes a caminho da labuta diária. Instituições como as escolas dos nossos filhos, o café da esquina, o cinema, tornaram-se locais onde o perigo espreita. Nem mesmo nas nossas casas nos poderemos sentir seguros. Felizmente os nossos governantes velam encarecidamente por nós e não tardarão a tomar todas as medidas que já começam a pecar por tardias. Câmaras de vigilância nas ruas, controlo e filtragem de informação da internet e dos media, cartões com toda a informação sobre cada cidadão (desde o nº de identidade, contribuinte fiscal, permissão de conduzir, cadastro criminal, historial médico, até à côr favorita das cuecas), e mais tarde ou mais cedo um chipzinho debaixo da pele que com o auxílio de um simples leitor permitirá de uma forma rápida e fácil distinguir os bons dos maus. Tudo isto obviamente em prol da nossa segurança, claro está!

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Era uma vez...(versão não oficial)

Era uma vez um país e o seu respectivo governo. Tendo caido o seu inimigo com o qual manteve durante décadas uma chamada guerra fria mas que se caracterizava por tensões escaldantes, e graças ao qual tinha um pretexto para intervir militarmente nuns países ou de apoiar ditadores de meia-tijela (mas ao mesmo brutalmente sanguinários) noutros, sempre com o propósito de proteger o mundo da perigosa ideologia vermelha.
Agora que as coisas tinham mudado e não podendo mais recorrer às desculpas esfarrapadas do costume, tinham de arranjar outra solução. Foi então que alguém teve uma ideia genial e ao mesmo tempo preversa: arranjar um fantoche que constituisse uma nova ameaça ao povo da democracia e liberdade. Mas era preciso algo mais requintado que uma ameaça simplesmente militar que restringisse o perigo aos campos de batalha. Era preciso algo mais dissimulado e que levasse o medo ao seio das populações. Algo que para além de arranjar pretextos para invadir outros países para os "libertar" assegurando ao mesmo tempo o controlo e lucros na produção do petróleo como fonte de energia, permitisse ao mesmo tempo medidas de controlo e vigilância das populações sob a desculpa de garantir a sua segurança.
O resto não era difícil: fazia-se o fantoche transmitir uns vídeos de vez em quando com mensagens inflamadas contra o país "inimigo", e quando foi preciso invadir um país para derrubar o seu govereno outraora apoiado mas agora incómodo encenou-se uns embates de uns aviões contra uns edifícios. Diga-se de passagem que a peça foi de muito má qualidade dada a incoerência do enredo como por exemplo o facto de os edifícios não poderem ter caído da forma como aconteceu se não tivesse sido detonadas cargas explosivas na sua estructura, ou de o buraco noutro edifício de forma pentagonal não corresponder ao tamanho de um avião.
Que o fantoche não passe de um actor a desempenhar o seu papel (apesar do seu aspecto ameaçador de barba comprida e turbante) e se calhar bem pago para isso é apenas uma desconfiança minha. Infelizmente o país e a sua agressiva política imperialista e de controlo das populações tanto nacional como estrangeiras são bem reais.

Pregão da semana

Há uns anos, quando ainda era conhecido por alguns amigos como João Comilão, enviei para o jornal Blitz este texto que foi publicado no nº344 na rúbrica "Pregão da Semana".

Fiasco de Barbie: eu amava-te. Os teus lindos olhos vesgos eram uma inspiração. O brilho da gordura dos teus cabelos desgrenhados à luz do pôr-do-sol enchia-me a alma. O teu sorriso cariado iluminava-me a vida e as tuas sensuais orelhas de abano refrescavam-me a existência. Mas, depois do que se passou, juro pela tua excitante corcunda que nunca mais te falarei, nem quero mais saber de ti! Ass: Estômago com pernas.

O Prazer

Uma destas noites tive mais do que sonho erótico. Eu diria mesmo que foi porno hard-core 1º escalão. Não vou aqui descrever o conteúdo para não chocar os meus caros leitores nem para ser alvo de censura por parte de alguma comissão de moral e bons costumes, ou se estivesse nos USA ser linchado sem julgamento por parte de alguma associação de pais (ATENÇÃO: esta é apenas uma crítica à paranóia moralista desse país. O sonho não teve nada de pedófilia).
Voltando ao sonho, posso dizer que foi mesmo intenso e cheio de prazer. Mas o prazer não fica pelo sexo puro e duro. Também há o prazer de sentir que se está a dar algo a alguém que se ama sob a forma de um carinho, o prazer transmitido por um simples toque de mãos, o prazer de sentir uma intimidade e grande conexão com alguém, o prazer de estar com alguém cuja presença nos faz disfrutar de algo indefinível mas extremamente mágico, e por aí fora. Nenhum se exclui e todos se complementam nesta complexidade que são os relacionamentos entre seres humanos.

Sinto-me uma alfineteira

Hoje fui a uma consulta de medicina tradicional chinesa. Após uma sessão de várias perguntas para me conhecer ao pormenor, explicou-me que iria fazer várias sessões de acumpuntura para desobstruir os mucos que estarão relacionados com a minha epilepsia, juntando a isto um tratamento de fitoterapia para recuperar o fígado e rins dos efeitos secundários do medicamento alopático (vulgo químicos marados produzidos pelo poderoso lobby farmaceutico).
Em quase 2h20 que lá estive, só 20min é que foram para estar com as agulhas espetadas em vários meridianos. O resto do tempo foi a responder ao questionário e a tentar lembrar-me de tudo sobre o meu historial de saúde que poderia ser relevante. Ainda irei fazer mais umas nove sessões de agulhinhas e depois será só a fitoterapia.
Apesar de ter ficado um bocado queimado com os anos todos que andei a fazer homeopatia com muito poucos resultados, desta vez não sinto que estou a dar um passo em frente à beira do precipício. A médica disse que este tratamento produziria resultados lentamente e que poderia eventualmente vir a reduzir o medicamento alopático, mas teria que ser iniciativa da minha psiquiatra fazê-lo em função dos resultados das análises e não dela, pois seria até falta de ética. É uma perspectiva que me deixa mais tranquilo. Vamos a ver no que dá...pelo menos acho que não tenho nada a perder!...

sábado, 2 de fevereiro de 2008

A PDI

Mais uma entrada neste blog. Ou é do entusiasmo inicial, ou isto está a tornar-se deveras viciante!
No dia 29 de Janeiro, dia em que o meu pai faria 82 anos se fosse vivo, telefona-me a minha tia a lembrar-me da ocasião (como se alguma vez eu me fosse esquecer...).
Já com 86 considero-a bem conservada para a idade, apesar de ela se ter queixado que não anda muito bem. Tendo ido ao médico este disse-lhe que não tinha nada de especial. "É a PDI", disse-me ela.
PDI? Pois, compreendo o vosso espanto caros leitores, também eu fui apanhado de surpresa por esta afirmação, tendo perguntado o significado obscuro da expressão. Ora bem, nada mais nada menos do que a "Puta Da Idade". Confesso que fiquei surpreso. A minha tia revelou um sentido de humor que eu não lhe conhecia. Pois é, Puta Da Idade, quem me dera lá chegar! Ainda me falta quase meio século!...

A razão de ser

Algo que me atrai na filosofia budista e que reconheço concordar plenamente é a lei da causalidade (todos os efeitos são resultado de causas e consequências) e da interdependência de tudo. Isto para dizer que este blog não foi criado sem razão, teve as suas causas e todos vocês fazem parte delas.
Quanto ao objectivo, estou a tentar pô-lo em prática aqui e agora. Esta é uma tentativa (espero que não vã) de me dar a conhecer um pouco melhor, tentando ultrapassar a barreira que quase sempre me separa das pessoas e que me impede de falar das coisas mais profundas mesmo com aqueles de vocês que me são mais chegados. Comigo é mesmo assim, ou pelo menos tem sido até agora: os meus sentimentos estão fechados num cofre a 7 chaves e não existem para a esmagadora maioria de vocês. Penso em mim como alguém sempre disposto a ouvir os outros quando se querem abrir comigo, mas fazer o reverso é mesmo muito muito muito difícil. Pura e simplesmente não dou o passo para lá da linha em que me possa sentir vulnerável. Neste momento apenas duas pessoas são excepção à regra (não vou identificar ninguém), uma com surpreendente naturalidade, e outra com grande esforço, mais forçado que outra coisa.
Por isso aviso-vos já que neste blog, para além do activismo pelos animais, defesa do vegetarianismo, luta contra qualquer injustiça, acessos de êxtase relacionados com música, e relatos de experiências práticas significativas resultantes da aplicação da filosofia budista, assim como outras peripécias vividas, etc, vão ter de levar com divagações acerca do que se passa no meu íntimo.
E pronto, após a volta de apresentação os carros posicionam-se na grelha de partida, engatam a 1ª e esperam o apagar das luzes vermelhas para arrancarem a alta velocidade para a corrida ao som do característico chiar dos pneus. Eu tenho a pole-position!!!

Teoria do big-bang

Para alguns foi assim que nasceu o universo ou o cosmos. Para outros, tal como para um amigo meu recentemente convertido a uma forma bizarra de cristianismo, foi criado por Deus em 6 dias tendo descansado ao 7º (para os judeus o Sábado - o dia do não se faz nenhum) sendo a Terra criada se não me engano ao 3º. Seja como for não lhe vou comunicar a existência deste blog que criei com tanto carinho para que ele venha aqui espetar com comentários com citações da Bíblia, o que nestes tempos é típico dele. Paz à sua mente!
Já me estou a dispersar! Voltando ao título deste blog foi-me inspirado após esta semana ter visto o filme "Cast Away" ou "O Náufrago" com Tom Hanks em que ele após o avião onde viajava se ter despenhado a meio do Pacífico vai parar a uma ilha deserta onde passa cerca de 1500 dias.
Assim somos nós terráqueos, habitantes desta ilha do cosmos, para já limitados a ela sem grandes hipóteses de fugir, da qual dependemos para sobreviver e a qual deveríamos ter todo o interesse em não foder (perdoem-me a expressão) para podermos continuar a contar com ela para a nossa sobrevivência.
Isto pode-vos parecer tudo muito esotérico/psicadélico, mas garanto-vos que não tomei drogas de qualquer espécie antes de começar a escrever, apenas estou a ouvir Kyuss.