It's time to wake up!

domingo, 26 de abril de 2009

A vida em 8 passos

A cura para o saudosismo


Se sente falta do Salazar...Só existe UMA MANEIRA de voltar a estar com ele!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Livro para crianças

Kit de limpeza para bebés

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Ilusão

Sem nos darmos conta disso, a insatisfação permeia todas as nossas experiências. Mesmo com aquelas que geralmente consideramos que nos proporcionam prazer, e que esse prazer é algo indiscutivelmente associado a essa experiência, não nos apercebemos que esse prazer é o cessar da insatisfação que sentimos entre o desejar viver essa experiência e a sua vivência efectiva. Isso acontece porque ao desejar viver uma experiência à qual associamos prazer e felicidade, automaticamente surge a insatisfação do desejo não realizado.
Mesmo quando erradamente atribuímos a uma dada experiência o potencial de nos proporcionar prazer e felicidade, achamos que esse potencial é inerente à experiência e não ao sujeito que a vive. Se essa inerência fosse real, então todos nós a viveríamos da mesma forma, o que não acontece, pois algo que proporciona muito prazer a alguém pode ser extremamente desagradável a outro, logo a forma como se vive depende do sujeito e não da experiência em si. Além do mais se a experiência desse a garantia de proporcionar prazer e felicidade, então a sua repetição ou continuação infinita não daria lugar à insatisfação como acontece em todos os casos, seja pelo medo (que é uma forma de insatisfação) dos prejuízos que pode causar a sua continuação, seja pela vontade de experimentar algo diferente (que também é outra forma de insatisfação). Não nos apercebendo disso e não vivendo presentes no momento, somos como abelhas que andam de flor em flor, sempre saltando de experiência em experiência, sempre insatisfeitos e sempre à procura do Santo Graal que julgamos ser “desta vez é que é, ISTO é que me trará felicidade e me deixará verdadeiramente satisfeito”.
A juntar a estas formas de insatisfação, existe ainda a de vivermos experiências que rejeitamos, do medo que elas se possam concretizar e do desejo que elas terminem quando se concretizam.
Vivemos num mundo dual em que classificamos tudo como bom ou mau agradável ou desagradável, e com base nisso sentimos desejo ou rejeitamos, o que leva sempre à insatisfação.
Alguns exemplos práticos:
- Quando estamos sentados ou deitados muito tempo, sentimos desconforto, temos de mudar de posição de vez em quando, mas seja qual for a nova posição que escolhamos, acabaremos por nos fartar dela e teremos que mudar para outra. E mais tarde ou mais cedo estamos absolutamente fartos e sentimos uma vontade crescente de nos levantarmos e mexermos, o facto de estarmos sentados ou deitados torna-se insuportável. Após andarmos, pouco a pouco começamos também a fartarmo-nos de andar e estarmos de pé e começamos a sentir vontade de nos sentarmos, a insatisfação do cansaço instala-se. Quanto mais tempo passar maior será essa vontade e mais o facto de estarmos a andar se tornará insuportável. Quando nos sentamos desaparece essa insatisfação e classificamos de prazer essa experiência, mas logo esse “prazer” dará lugar à insatisfação de estarmos sentados e volta tudo ao mesmo.
- Por vezes sentimos vontade de comer algo. Apetece-nos mesmo sentir aquele sabor e aquela textura. À medida que o tempo passa e esse desejo não é satisfeito, sentimo-nos cada vez mais desconfortáveis com o facto de não alcançarmos o que desejamos. Quando finalmente o conseguimos, as primeiras garfadas parecem-nos divinais e classificamos o desaparecimento da insatisfação que sentíamos como um grande prazer. “ISTO é mesmo bom” afirmamos com toda a convicção. Mas com o passar do tempo e garfada após garfada a insatisfação volta a instalar-se, seja com o receio que a comida que temos ao nosso dispor acabe e assim termine a experiência, seja com o começar a estar farto do que achámos que por si era mesmo bom e começarmos a desejar outra coisa, seja porque ficamos com medo de que se comermos demais nos possa fazer mal, seja porque começamos a sentirmo-nos cheios e a experiência passa de agradável a penosa e cada garfada que comemos torna-se um suplício. Pensamos “isto nunca mais acaba” e desejamos ardentemente o seu fim. Geralmente quando comemos nem vivemos plenamente a experiência no momento presente pois estamos focados na próxima garfada e na expectativa do que isso nos fará sentir. E aqui quando se fala de comida, o mesmo se aplica a bebida ou qualquer substância que tomemos para nos proporcionar “prazer” desde o café à heroína.
- Quando estamos sozinhos, sentimos o desejo de companhia, a nossa solidão torna-se penosa, cada vez mais difícil de suportar, é preciso satisfazer o desejo de companhia e enquanto isso não for concretizado sentimos insatisfação que cessa quando finalmente a obtemos. Sabe-nos tão bem não estar sozinhos que sentimos medo de perder a nossa companhia, e pronto lá está de novo a insatisfação. Ao fim de algum tempo começamos a sentir vontade de mudar de companhia ou de “ter o nosso espaço”, de não ter sempre alguém colado a nós o que se torna cada vez mais penoso, começamos a rejeitar a companhia que no início no fez tanta falta e a desejar estar sozinhos. Mais um ciclo…
- Mesmo o grande mito do prazer, o sexo não deixa estar permeado de insatisfação. Desejamos intensamente tê-lo e enquanto não o conseguimos sentimo-nos cada vez mais incomodados. Quando finalmente o obtemos pode revelar-se insatisfatório porque “é sempre o mesmo” e “já farta”, logo sentimos o desejo de “algumas variantes”; porque dura pouco e não corresponde às nossas expectativas o que gera desilusão, porque é longo demais e começamos a desejar que acabe. Mesmo quando foi o “timming perfeito” se nos perguntarem se “vai mais uma” parte de nós responderá que “já chega” e mesmo que “vá mais uma” mais tarde ou mais cedo a insatisfação do cansaço instala-se e surge o cada vez maior desejo que pare. Mesmo quando estamos a fazê-lo não estamos presentes no momento mas a pensar no que virá a seguir e no que gostaríamos que viesse a seguir.
- O grande consumismo a que assistimos nos dias de hoje não tem a ver com a publicidade com que somos bombardeados a toda a hora. Essa publicidade apenas se aproveita da nossa insatisfação e sugere que ela pode cessar se adquirirmos algo. Ao comprarmos algo sentimo-nos bem pois a insatisfação do desejo não concretizado desaparece, mas depressa surge a insatisfação em relação ao que adquirimos e o desejo de obter algo diferente. E lá vamos nós mais uma vez.
- A maioria de nós está insatisfeita com o facto de ter de trabalhar e conta os dias de 2ª a 6ª esperando ansiosamente pelo fim-de-semana, dizendo no início de cada dia “mais um dia” pois é algo penoso. Quando conseguem ir para a reforma, o tédio depressa se instala e anseiam por alguma actividade.
- Alguns de nós anseiam por ter filhos pois seguem o mito da “felicidade” que isso proporciona, pois é algo “muito giro”, ou procuram através de “assegurar descendência” reforçar as referências da sua identidade. Mas associado a isto existem imensas insatisfações: a de que ele pare de chorar, a da perca de liberdade, a de assegurar o seu futuro, muitas vezes colocando expectativas no que gostaríamos que os filhos viessem a ser (o curso, a profissão, o/a parceiro/a, os netos), pois acreditamos que isso NOS satisfaria, o medo que não corresponda a essas expectativas, que adoeça, etc.
- Relativamente às nossas relações é parecido com a anterior. Vemos uma pessoa ou tomamos um breve contacto com ela e logo se geram expectativas em relação ao que essa pessoa poderia ser para NÓS. Desejamos alcançar essa pessoa como via de nos proporcionar felicidade através da concretização das nossas expectativas. Sofremos enquanto não o alcançamos, e depois de alcançarmos sofremos com o medo de perder o que alcançámos ou que esse alguém se modifique em relação às características que tem e que acreditamos nos fará feliz. E se não houver mudança sentimos também insatisfação, seja pela necessidade de mudança nessa pessoa, seja de mudança para outra pessoa (que desta vez é que nos trará verdadeiramente felicidade – julgamos nós). Outras vezes estamos amarrados por laços sócio-culturais a essa pessoa e vivemos constantemente com a insatisfação de termos de estar com quem não queríamos, ou de que a pessoa com quem estamos não é como queríamos que fosse.
- Não poderia deixar de referir as insatisfações que fazem parte da embalagem de se ser humano: a do nascimento pois acarreta dores e desconforto, o da doença (nem preciso explicar porquê), o do envelhecimento (por mais que tentemos retardá-lo ou disfarça-lo, é inevitável e só sofremos perante a evidência do seu avanço por mais que o rejeitemos, sentimos insatisfação pela perda da beleza e vitalidade e pior será quanto mais agarrados estamos a elas. Muitas pessoas de idade desejam a morte, apesar de a temerem, porque o que querem de facto é o fim da insatisfação do envelhecimento) e o da morte (mesmo que racionalmente saibamos que é inevitável sentimos medo perante a possibilidade de perdermos a vida pois estamos apegados à nossa identidade).

Para quem isto parecer demasiado pessimista, então analisem profundamente as vossas experiências e vejam se de facto não são assim. Para aqueles que acham que as coisas são mesmo assim e não há nada a fazer, nem tudo é tão mau quanto parece pois já várias pessoas conseguiram libertar-se totalmente de todas as formas de insatisfação.

111

Esta mensagem é só para comemorar o facto de ter atingido as 111 mensagens. Porquê 111? Porque é um número giro só com "1"s e porque falta imenso para atnigir as 1111.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Orgulho de ser português

A julgar pela forma como alguns afirmam alto e bom som o orgulho que sentem em ser portugueses, deve ser a coisa mais espectacular, se não do universo, pelo menos deste planeta.
É de estranhar no entanto certos factos que me fazem duvidar se ser português é assim tão bom como o apregoam e realmente motivo para sentir orgulho:
- Alguns portugueses mudam de nacionalidade
- Não existem pedidos por parte das antigas colónias portuguesas em voltarem a fazer parte da nação portuguesa
- Não existem países a implementarem o ensino da língua e cultura portuguesa intensivamente com vista a no futuro poderem ser integrados em Portugal
- Não existem pedidos massivos por parte de pessoas de outras nacionalidades para se naturalizarem portugueses (os primeiros a formularem esse pedido seriam obviamente os espanhóis que desejam não continuar a ser rejeitados como desde 1640)

A conclusão que chego sobre como o orgulho nacionalista tem pés de barro é aplicável a qualquer outra nacionalidade. Não indo muito longe, não vejo por exemplo a Irlanda ou os Estados Unidos a pedirem por favor à Inglaterra para os aceitar de volta, e já que se fala nos Estados Unidos, onde regra geral os seus cidadãos têm muito orgulho em o serem, parece que lá para os lados do Médio Oriente, não existe grande entusiasmo em se tornar cidadão norte-americano e partilhar desse orgulho.E depois, dado que as fronteiras de muitos países não têm sido algo estável ao longo da história, alguém que sente muito orgulho por ser cidadão do país X, se tivesse nascido uns anos antes ou depois poderia sentir esse orgulho por pertencer a um país vizinho, mas mesmo assim diferente.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Amor/ódio aos famosos

Após ler o excelente post no blog de Paulo Borges "Serpente Emplumada" (http://serpenteemplumada.blogspot.com/2008/12/consideraes-politicamente-incorrectas.html) com um excerto da sua tradução para português do livro "What makes you NOT a buddhist" de Dzongsar Jamyang Khyentse Rinpoche (livro já recomendado neste blog), a ser publicada este ano, resolvi sair da mudez e publicar este post. A frase "Por pura inveja, a sociedade – frequentemente conduzida pelos media – quase sempre faz tombar alguém ou algo que experimente o sucesso" faz voltar à minha mente uma reflexão que faço com frequência ao ler alguns jornais de distribuição gratuita ou ao aceder ao yahoo para ver o meu mail. As notícias que apontam desde o mais ligeiro "descuido" ao mais profundo "defeito" de qualquer um que esteja nas luzes da ribalta são constantes. Desde alguém que apareceu "mal vestido" (leia-se fora de certos padrões que impõem ditatorialmente o que é o bom gosto) numa dada cerimónia, mas mesmo assim com roupa fora do alcance da nossa bolsa; até alguém que manifestou publicamente ou em privado (tendo sido divulgado publicamente contra a sua vontade) um comportamento fora da moral e bons costumes, o qual muitas vezes censuramos mas desejaríamos ter a liberdade de poder também fazer; passando por muitas coisas mais.
Desejamos ter alguém a quem idolatrar, queremos venerar alqueles que alcançam o que desejaríamos ter para nós. Mas ao mesmo tempo que os "amamos", a nossa inveja por eles leva-nos a "odiá-los", a estar pronto a criticá-los pela mais pequena das suas faltas às quais não seríamos na generalidade imunes se estivéssemos no seu lugar. A ironia é tal que chegamos a criticar o luxo em que vivem quando no fundo desejaríamos usufruir do mesmo ou de mais ainda, ou então desdenhamos a estrela que faz um face-lift quando venderíamos pai e mãe em troca da promessa da eterna juventude.
Mas a culpa não é dos media que por um lado constrói os ídolos e pelo outro os derruba, mas antes da nossa inveja motivada pelo nosso sentimento autocentrado e sem o qual todos esses artigos cairiam em saco roto.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Vruuummm

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Casório

No passado dia 17, devido às vantagens concedidas a quem oficializa os seus laços sentimentais, ou por outro lado, à descriminação ainda existente a quem não o faz, decidi casar com a mulher que escolhi para partilhar a minha vida: a Patrícia. Aqui vão as fotos legendadas:

Oh yeeeeaaah!!!


Procedimentos burocráticos no Governo Civil. Ganda seca!


Chuack!


Os pombinhos.


Da esquerda para a direita:Margarida (minha amiga, minha testemunha e não disponível), Eu (obviamente não disponível), Ela (obviamente também não disponível), Cláudia (aka Binha, testemunha dela, minha cunhada e disponível).

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Black Kimono - Myspace


Pega numa embalagem de Rap-Metal e despeja-a numa misturadora juntamente com pedaços de Hip Hop, Death Metal, Rock, Indie, World Music, Electro e outros ingredients interessantes. Não te esqueças de adicionar o gelo! Liga a misturadora na potência máxima e aí tens:
BLACK KIMONO!!!

Finalmente está online o myspace da banda em www.myspace.com/knowblackkimono

NOTA: As músicas actualmente disponíveis no myspace não se encontram misturadas, por isso infelizmente têm a qualidade que a banda gostaria. No entanto, o espírito dos Black Kimono está presente, por isso PONHAM O VOSSO VOLUME NO MÁXIMO E PASSEM-SE DOS CARRETOS!

Reuniões


terça-feira, 2 de setembro de 2008

Be cool

Jules: Now Yolanda, we're not gonna do anything stupid, are we?
Yolanda: You don't hurt him.
Jules: Nobody's gonna hurt anybody. We're gonna be like three little Fonzies here. And what's Fonzie like? Come on Yolanda what's Fonzie like?
Yolanda: Cool?
Jules: What?
Yolanda: He's cool.
Jules: Correctamundo. And that's what we're gonna be. We're gonna be cool.

Agradeço ao meu amigo João Ramos ter-me enviado este diálogo extraido do filme Pulp Fiction

Informática e programação

Para a maioria das pessoas informática e programação têm tanto a ver uma com a outra como a galinha tem a ver com o ovo. No entanto, para mim não é bem o caso.
Geralmente as pessoas que contactam comigo assumem não sei bem porquê que eu sou informático (na realidade a minha formação universitária é em engenharia electrotécnica) e consequentemente acham que eu devo perceber imenso de myspace, hi5, linux, skype, assim como estar obrigatoriamente a par da mais recente versão de qualquer tipo de software e hardware.
A verdade é que não só me estou nas tintas para tudo isso, como sou bastante inculto nessas modernices, e quando chego a casa estou tão farto de computadores que a última coisa que me apetece é pegar num. Quando comecei a aventurar-me na internet já os meus amigos e conhecidos a surfavam à imenso tempo.
O que eu gosto verdadeiramente é de programar, do desafio inerente ao analisar e tentar esquematizar e pôr em prática a maneira mais simples, rápida e eficaz de chegar de A a B. Isso sim, dá pica!
Claro que por exemplo fazer um site programando em HTML e javascript dá muito mais trabalho que recorrer a um programa de webdesign, mas o gozo inerente a isso é o mesmo que o de um tipo que pega num automóvel qualquer do ferro-velho e através do tunning o transforma numa máquina de devorar quilómetros, comparativamente ao de alguém que se limita a ir comprar um popó ao stand. Ambos os carros andam, mas...

P.S.
Não sei se tunning se escreve com um "n" ou dois. Não estive para pesquisar, mas optei por usar dois porque dá mais estilo!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O poder da vírgula

O texto abaixo foi criado para ser veiculado em um anúncio comemorativo dos 100 anos da ABI - Associação Brasileira de Imprensa:

Vírgula pode ser uma pausa… ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Detalhes Adicionais:"Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura."
Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

Uma vírgula muda tudo!
Retirado de http://aletp.com/2008/08/25/uma-virgula-muda-tudo/

Unha

ATENÇÃO - A visualisação destas imagens não é aconselhada a pessoas sensíveis e pode causar traumas profundos.

Tendo em conta esta advertência prévia desresponsabilizo-me desde já pelo pagamento de despesas com psiquiatras, psicólogos, e tratamento de quaisquer doenças do foro mental e físico resultantes de verem este tópico.
Sendo assim após no tópico anterior ter mencionado o retorno de uma banda de grind-core, dou um gigantesco passo em frente em direcção aos vossos piores pesadelos.
Na semana passada foi finalmente arrancar a unha que após ter levado uma martelada há 2 meses e ficado em consequência negra, tinha começado a cair havia 3 semanas, estando apenas tenazmente presa por um fio. Um verdadeiro exemplo de persistência!
Deixo-vos as imagens:






terça-feira, 19 de agosto de 2008

Carcass - the gods of grind are back from the dead


Uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos voltaram a reunir-se este ano depois de se terem separado em 1995. Soube tarde demais que tinham tocado em Portugal num festival qualquer algures. Adorava ter podido vê-los de novo, depois da performance a que assisti no Porto em 1994.
São constituidos pela (para mim) quase melhor formação de sempre com Jeff Walker (voz e baixo), Bill Steer (guitarra), Michael Amott (guitarra) e Daniel Erlandsson (que substui o baterista original - Ken Owen - impossibilitado de tocar devido ao derrame cerebral que em 1999 lhe provocou um coma de 10 meses).

segunda-feira, 28 de julho de 2008

George Bush Fan Club

Criado em 2004, agora que o George Bush Jr se vai despedir da Casa Branca deixando-nos a todos pesarosos e cheios de saudades, está na altura de angariar novos sócios para o seu clube de fãns.
De salientar que entre os membros deste clube se contam proeminentes personagens do mundo político, artístico, empresarial e não só, como por exemplo:
-Dick Cheney
-Condoleezza Rice
-Michael Moore
-Saddam Husseim (membro a título póstumo)
-Ossama Bin Ladden
-Paulo Portas
-Cicciolina
-Belmiro de Azevedo
-James Hetfield (não confundir com o dos Metallica)
-Fidel C. (apesar de grande admirador do Sr. George Bush, este sócio pediu para não ser revelada a totalidade do seu nome)
-Bento XVI
-Don Corleone
-Dª Maria (peixeira mais popular do mercado do Bolhão)
-Pedro Marques (autor da foto e Secretário Geral do Clube)

Aqui vai uma mensagem do presidente do clube e autor deste blog:

terça-feira, 15 de julho de 2008

Galinha Joaquina

A seguinte estória verídica foi relatada pela Maria Pinto Teixeira:

A Joaquina vive na quinta da minha Mãe, juntamente com mais 6 galinhas, 4 coelhos, 5 gatos e 6 cadelas, todos resgatados de situações de risco.
Todos os animais da quinta se dão bem: gatos, galinhas e cães, todos andam em liberdade e convivem pacificamente.
Mas um dia recebemos na quinta um visitante inesperado: uma águia. A águia atacou a Joaquina, que ficou completamente paralisada, sem controle dos movimentos das patas.
Todos foram de opinião que era necessário sacrificar a galinha: seria impossível ela algum dia voltar a andar.
Mas a minha Mãe pegou na desorientada Joaquina ao colo, olharam ambas fixamente uma para a outra, e o veredicto da minha Mãe foi este: "Não, esta galinha ainda tem vida, há que lutar por ela."
A Joaquina foi viver para dentro de casa e começou o seu período de recuperação. Foram 4 meses de tratamentos diários.
Houve períodos difíceis, em que os tratamentos veterinários se revelaram praticamente ineficazes e os progressos eram lentos e pouco seguros. Mas a minha Mãe não duvidou um só dia de que a Joaquina iria um dia voltar a andar. Não sei se foram as massagens e fisioterapia, os medicamentos naturais ou a cadeirinha improvisada que o meu padrasto construiu, ou se foi a obstinação da minha Mãe e a força de vontade da Joaquina que operaram este pequeno milagre: o que é certo é que após 4 meses de quase imobilidade a Joaquina começou a dar os primeiros passos.
Criou-se entre a Joaquina e a minha Mãe uma cumplicidade curiosa. É engraçado ver a minha Mãe passar atarefada nos trabalhos da quinta com uma galinha a segui-la com uns passitos trémulos e esvoaçantes.
A Joaquina gosta de festas, de estar perto de nós e de esperar que acabemos de lanchar para comer as migalhas do pão. Conhece perfeitamente o nome dela e aprendeu a esconder-se debaixo dos arbustos quando ouve o piar das águias.
Quando vejo a Joaquina esgravatar o chão com as suas ainda frágeis e recém funcionantes patas e sacudir as asas ao sol lembro-me sempre das galinhas de bateria, que vivem as suas curtas e miseráveis vidas fechadas em cubículos do tamanho de uma folha A4, sem se poderem mexer e nem sequer abrir as asas, com os bicos mutilados e sem verem a luz do dia, com o único propósito de fornecer ovos e carne para alimentação humana.
Penso nos milhões de animais que são torturados e mortos todos os anos para o mesmo fim. Penso que os animais que conseguimos salvar na quinta serão sempre poucos, que nunca conseguiremos sequer arranhar a superfície do problema e que a mudança fundamental na mentalidade das pessoas tarda demais a chegar...
Mas depois recebo uma notícia como a que vos encaminho abaixo, e que, apesar de ser apenas um passo minúsculo, é um passo na direcção certa. E sinto um novo ânimo...



quinta-feira, 10 de julho de 2008

Revolução, transformação, evolução

Os ultimos meses têm sido recheados com as três. Desde afastar-me de uma pessoa que durante bastante tempo considerei bom amigo, mas que deixei que me usasse para satisfazer os seus objectivos, passando por ter terminado uma relação de quase 5 anos com a minha (agora) ex-namorada, até ter sido levado a mudar temporariamente de casa pois o ambiente de vida em ainda em comum com ela estava a revelar-se demasiado pesado, tendo inclusivamente desistido das aulas de bateria por não ter condições para me concentrar no estudo em casa. Todas elas foram mudanças difíceis, pois implicaram cortar com algo em que se invistiu durante bastante tempo. A casa temporária onde me encontro desde 6ª passada não é excepção, pois apesar de já ter experimentado por diversas vezes alternar entre a minha casa e a da namorada de cada altura, assim como ter vivido sózinho em várias ocasiões, esta foi a primeira vez em que cortei com as minhas raízes e deixei completamente a casa onde vivi desde sempre, indo para um espaço que ainda me parece estranho. É sempre bom não estarmos apegados seja ao que for e não termos nada por certo, por isso esta mudança tem também a vantagem de me cortar o cordão umbilical que me unia à casa de sempre. Felizmente tenho tido a companhia da minha actual e relativamente recente namorada (mas melhor amiga de longa data) com a qual estou a experimentar viver junto e que me tem ajudado muito, dando-me graças à sua presença uma sensação de familiaridade no meio do novo e desconhecido, e sem a qual este passo seria certamente mais difícil.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Sugestão de leitura

Escrito por Dzongsar Jamyang Khyentse Rinpoche, mais conhecido por ser o realizador dos filmes "The Cup" e "Travellers and magicians", este livro aborda de forma simples e ao mesmo tempo profunda aquilo que são os quatro selos do Budismo:

-Todas as coisas compostas são impermanentes
-Todas as emoções (que impliquem dualidade) são sofrimento
-Todos os fenómenos são vazios, não têm existência inerente
-O Nirvana está para além de extremos

A quem estiver interessado posso emprestar (depois de ler novamente, está-me mesmo a apetecer), desde que prometam cuidar bem dele.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Pão e circo

No tempo do Império Romano era esta a divisa usada pelos poderosos para satisfazer o povo e mantê-lo num estado graça que não lhe permitia tomar consciência da sua real situação de exploração e subjugação.
Hoje em dia pouco mudou, apenas os métodos se sofisticaram mais um pouco. Mesmo para aqueles que não podem procurar a sua felicidade enganadora no consumismo, as telenovelas e o futebol entre outros estão lá, acessíveis a todos e cumprindo a sua função de nos manter sonâmbulos e inconscientes, verdadeiramente sonhando acordados.
Segundo a primeira página de vários jornais, ontem um dos sonhos acabou com a derrota da selecção portuguesa de futebol frente à Alemanha por 2-3. Embora tendo compaixão pelo estado de ineflicidade que grande parte da população nacional deve ainda hoje sentir, não deixo de me regojizar pelo resultado. Pode ser que tendo por agora acabado o fluxo deste verdadeiro ópio do povo que é a euforia das vitórias futebolísticas, as gentes tomem um pouco consciência da sua condição de miseráveis. Não tenho esperança que aconteça nenhuma revolução popular pois o povo é demasiado imaturo para tal e no seu estado actual sente inconscientemente precisar ainda de um tutor que o guie, mas pode ser que com mais uma acha para a fogueira do descontentamento, se continue a caminhar de mansinho para uma futura mudança.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Manifs

Ultimamente tenho recebido vários mails com apelos a manifs. Os motivos são vários e vão desde as pessoas que sentem que lhes tão a enviar um ferro em brasa pelo traseiro acima de cada vez que metem gasosa no popó devido ao preço desta, aos defensores dos direitos dos animais que protestam contra a barbárie da forma de tortura chamada tourada. Mas sejam quais forem esses motivos, a forma de protesto a que se apela é invariavelmente ruidosa, o que tanto pode ser considerado uma forma de agressão em si, como uma forma de mostrar que "nós estamos aqui", ou uma mistura de ambas.
Por outro lado recordo-me da vigília silenciosa em que participei há uns meses para protestar contra a situação na Birmânia. Foi igualmente eficaz em chamar a atenção dos media e provavelmente teve a presença de pessoas que não teriam ido se o protesto tivesse sido em moldes mais facilmente conotados com qualquer forma de violência. Em manifestações ruidosas os participantes são mais facilmente considerados como um grupo de arruaceiros e não só provocam mais raiva nas pessoas contra quais protestam, como geram a desconfiança das pessoas no geral. Pelo contrário as manifestações sem qualquer forma de violência não geram tanta raiva do "outro lado", como conquistam mais simpatia da parte de quem observa de "fora".
Para quem duvida ainda que a não-violência funciona, sugiro que investigue um pouco sobre a obra do Gandhi, ou veja o filme sobre a sua vida (recomendo vivamente).

quarta-feira, 11 de junho de 2008

HMS Victory

Em miúdo ofereceram-me um livro sobre barcos de todos os tempos. Nele constavam duas páginas sobre um dos maiores ex-libris dos veleiros de finais do século XVIII, princípio do século XIX - o HMS Victory, um dos responsáveis pelo meu fascínio por grandes veleiros. Navio almirante da frota britânica na batalha de Trafalgar, a bordo do qual morreu o almirante Nelson, está agora em doca seca em Portsmouth onde o fui finalmente visitar aquando da minha recente estadia em Inglaterra, realizado assim um velho sonho de infância. Mais informações sobre este histórico barco em http://www.hms-victory.com/ e http://en.wikipedia.org/wiki/HMS_Victory









terça-feira, 10 de junho de 2008

Banksy

Banksy é o pseudónimo de um artista do graffiti bastante conhecido e também segundo consta procurado pela polícia. (ver mais em http://www.banksy.co.uk/menu.html e http://en.wikipedia.org/wiki/Banksy)




Evolução???




segunda-feira, 9 de junho de 2008

A escravatura do género

Hoje apareceu na 1ª página de um jornal de distribuição gratuita a seguite notícia:
"A guerra entre dois clãs rivais paquistaneses, por causa da morte de um burro, foi resolvida com a oferta de 15 virgens, com idades entre os 3 e os 10 anos, para casarem com homens mais velhos" (desenvolvimento da notícia em http://dn.sapo.pt/2008/06/09/internacional/quinze_virgens_pelo_da_guerra_entre_.html)

Apesar da escravatura de acordo com a raça estar oficialmente abolida desde o século XIX, ainda continuam a existir actualmente várias outras formas de escravatura, algumas encapotadas como a exploração laboral de adultos ou crianças, tráfico de seres humanos; outras de forma clara, considerando outras pessoas como meros objectos e tratando-as como tal. É o que se passa com muitas mulheres em sociedades manifestamente patriarcais de todo o mundo. Propriedade do seu marido ou pai, estas mulheres não têm qualquer poder de decidir sobre o seu futuro e são como neste caso usadas como mercadoria de troca.
Pode-nos parecer muito chocante o que se passa em países como o Paquistão, mas em Portugal não é preciso recuar muito no tempo para depararmos com situações em que as mulheres só podiam viajar ou arranjar emprego com autorização do marido, autêntica forma de escravatura doméstica.