Era uma vez um país e o seu respectivo governo. Tendo caido o seu inimigo com o qual manteve durante décadas uma chamada guerra fria mas que se caracterizava por tensões escaldantes, e graças ao qual tinha um pretexto para intervir militarmente nuns países ou de apoiar ditadores de meia-tijela (mas ao mesmo brutalmente sanguinários) noutros, sempre com o propósito de proteger o mundo da perigosa ideologia vermelha.
Agora que as coisas tinham mudado e não podendo mais recorrer às desculpas esfarrapadas do costume, tinham de arranjar outra solução. Foi então que alguém teve uma ideia genial e ao mesmo tempo preversa: arranjar um fantoche que constituisse uma nova ameaça ao povo da democracia e liberdade. Mas era preciso algo mais requintado que uma ameaça simplesmente militar que restringisse o perigo aos campos de batalha. Era preciso algo mais dissimulado e que levasse o medo ao seio das populações. Algo que para além de arranjar pretextos para invadir outros países para os "libertar" assegurando ao mesmo tempo o controlo e lucros na produção do petróleo como fonte de energia, permitisse ao mesmo tempo medidas de controlo e vigilância das populações sob a desculpa de garantir a sua segurança.
O resto não era difícil: fazia-se o fantoche transmitir uns vídeos de vez em quando com mensagens inflamadas contra o país "inimigo", e quando foi preciso invadir um país para derrubar o seu govereno outraora apoiado mas agora incómodo encenou-se uns embates de uns aviões contra uns edifícios. Diga-se de passagem que a peça foi de muito má qualidade dada a incoerência do enredo como por exemplo o facto de os edifícios não poderem ter caído da forma como aconteceu se não tivesse sido detonadas cargas explosivas na sua estructura, ou de o buraco noutro edifício de forma pentagonal não corresponder ao tamanho de um avião.
Que o fantoche não passe de um actor a desempenhar o seu papel (apesar do seu aspecto ameaçador de barba comprida e turbante) e se calhar bem pago para isso é apenas uma desconfiança minha. Infelizmente o país e a sua agressiva política imperialista e de controlo das populações tanto nacional como estrangeiras são bem reais.
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Era uma vez...(versão não oficial)
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