Enquanto alguns estão de trombas por causa da derrota por 3-1 ontem com a Itália, a mim não me aquece nem arrefece, pois os resultados desportivos não têm influência no meu grau de felicidade! Porque é que uma mão cheia de gajos em calções a correr atrás de uma bola e aos pontapés nela havia de me fazer mais ou menos feliz? Alguns podem dizer que o número de vezes que essa bola entra na baliza adversária contribui para o orgulho nacional. Desculpem lá, mas para impingir chauvinismo vieram bater à porta errada. Não sou daqueles que penduram bandeiras nacionais na janela lá de casa, aliás às vezes até tenho vergonha da cultura e costumes deste povo. Desde a falta de civismo que testemunho todos os dias nos transportes públicos quando o pessoal na sua ânsia egoística de querer entrar na carruagem do metro mal deixa os que estão lá dentro sairem ao fazerem um funil humano junto à porta, até à tortura de touros na arena designada por alguns de cultura, muito há para me fazer sentir assim.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Ser tuga
Por isso, enquanto alguns cantam o hino nacional de peito cheio e cabeça levantada eu olho para a letra deste com pasmo, pensando que devem estar a gozar comigo. Começando com o "às armas, às armas" que por mim podem enfiar pelo anús acima pois sou assumidamente anti-militarista e pacifista, vem em seguida a pérola "contra os canhões, marchar, marchar". Contra os canhões? Para quê? Para ficar a jazer na lama com as entranhas de fora a esvair-me em sangue ou ficar com o corpinho cheio de estilhaços a ponto de terem de me amputar alguma parte? Estão a falar com a pessoa errada! Os políticos que as fazem, generais que as comandam e empresários que lucram com as guerras, que marchem esses contra os canhões! Ainda não percebi o que esta "pátria" fez por mim a ponto de merecer que me sacrifique dessa maneira por ela!
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