Para alguns parece que não. Pelo menos é o que parece quando os vejo a cruzarem as ruas nos seus carros com megafones donde saem apelos ao descontentament do género "isto não pode continuar assim, não a isto, não aquilo", intercalados com música do Zeca Afonso. Não percebo muito bem se apenas querem mostrar que existem ou se têm como objectivo alguma consciencialização social. Se for o segundo caso, já estão um bocado anacrónicos. Já não vivemos no século XIX quando Marx escreveu as suas teorias em que existia de facto uma dicotomia de classes entre proletariado e burguesia. Agora para além do espectro social já não ser tão preto/branco havendo uma vasta gama de classe média, o espírito de solariedade de classe existente nas origens do socialism perdeu-se, dando lugar ao sentimento mais egocêntrico de "eu também quero usufruir dos benefícios da sociedade de consumo, que se lixem os outros".
Não é com propaganda de rua deste género ou com cartazes com slogans do género "aquilo NÃO, isto JÁ" que se desperta as pessoas do seu estado hipnótico das telenovelas e futebol para as fazer tomar consciência da sua situação social tanto individual como global.
Não é à toa que um certo partido que representa uma forma de estar na esquerda do passado perca intenção de voto. É preciso uma esquerda com ideiais de esquerda mas mentalidade actual!
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
O PREC já acabou?
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