Hoje tinha eu começado o meu passeio à beira-mar, quando passo por uns pescadores. Reparo que um deles mexe numas coisas perto das quais se encontra um balde. Espreito por acaso para dentro deste e reparo que lá dentro se encontra um peixe deitado de lado e meio dobrado visto o seu corpo ser maior que o balde. Aflito por estar restringido a um espaço tão exíguo, este debate-se. Vendo que ele estava ainda vivo fico com vontade de fazer algo por ele e pôr termino à sua aflição e morte quase certa que se avizinhava para breve.
Aproveitando o facto do dono do balde se afastar, pego neste e levando-o até junto do mar devolvo o peixe ao seu meio natural, salvando-lhe a vida.
A operação teria sido coroada com total sucesso, não fosse outra pessoa que tem como passatempo assassinar peixes (vulgarmente conhecido como pescador) ter vindo junto de mim todo irritado protestando contra o facto de eu ter libertado o peixe, ao que eu retorqui que ele não tinha nada de matar peixes.
A possibilidade de possuir outro ser humano como no caso da escravatura já acabou, e chegará o tempo em que será universalmente aceite que todos os seres serão donos de si mesmos e não propriedade de outro. Não estudei direito mas que eu saiba a lei portuguesa não concede a propriedade sobre um ser livre a quem o capturar. E mesmo que assim o fosse, segundo o princípio pelo qual me rejo, a lei natural que diz que a vida de cada um é pertença apenas de si mesmo tem mais valor e deve prevalecer!
Mesmo que infelizmente tenha havido uma altercação com outra pessoa por causa da minha acção, por mais que ela tenha ficado irritada, a vida de um ser foi salva, por isso considero o balanço positivo.
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Uma vida vale mais
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4 comentários:
Agora fizeste-me rir, estou a imaginar a cara dos pescador que te apanhou a "estragar" o negocio do colega de pesca. Quantas vezes já não me apeteceu fazer o mesmo quando passo na zona ribeirinha, sao aos montes, mas fiquei sempre por o apetecer.
Mas o pescador provavelmente pescou outro peixe, e outro, e outro, de nada serviu. Seria muito mais útil atirar o pescador ao mar, assim perdiam-se muito menos vidas.
Isso é que era!
Pois, mas isso era estar a tirar uma vida para salvar outras. O mais eficaz era aprender magia e lançar um feitiço a todos os pescadores para que nunca mais conseguissem apanhar nada. E já agora aos caçadores para que falhassem sempre o alvo. Harry Potter, ajudas-me a preencher a inscrição para a escola?
Visto à distância, o que aconteceu foi um atira um peixe ao mar, o pescador pesca mais um, depois é atirado ao mar, depois pesca-se mais um, e por aí em diante. Quantos bichinhos terão que passar por isso?
Além disso, tirar aquela vida já era inevitável. Por mais doloroso que possa ser para outrém. Não há volta a dar. O pescador vai sempre pescar. Deste modo, não interferir no sucedido parece-me mesmo que salva outras vidas.
Para mim é um acto tão democrático como ceifar o milho dos outros.
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